COLEÇÃO TERRAS DE QUILOMBOS:
COMO SURGIU E O QUE É A COLEÇÃO TERRAS DE QUILOMBOS?
Este Projeto foi desenvolvido no Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (DCP/FAFICH/UFMG) em parceria firmada com o INCRA/NEAD – órgãos do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O objetivo era a análise e sistematização de laudos antropológicos das comunidades quilombolas do Brasil lançando mão de informações complementares dos Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTIDs) e outras referências bibliográficas.
Esta era uma histórica reivindicação das comunidades quilombolas pois os RTIDs (uma das partes desses relatórios são os laudos antropológicos) são peças técnicas com uma expertise acadêmica que, em muitos casos, não permitia o uso dos dados pelas próprias comunidades. Desse modo, os livretos publicados na Coleção intitulada “Terras de Quilombos” enfrentou o desafio de tornar acessíveis as principais informações dos RTIDs e contribuir para a preservação da memória sobre os quilombos do Brasil.
Ademais, os gestores de políticas públicas e a sociedade civil, em geral, ao terem acesso a um material dessa natureza, compreendem melhor a questão do direito quilombola garantido na Constituição Federal de 1988 (art. 68 do ADCT) que afirma: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir lhes os títulos respectivos” e reafirmado pelos arts. 215 e 216 – que reconhecem a legitimidade dos modos de criar, fazer e viver dos afro-brasileiros e que, posteriormente, foram adequadamente regulamentados pelo Decreto 4.887/2003.
Os livretos foram concebidos, até o formato final, por uma ampla equipe interdisciplinar que contou com a participação, além da já referida ciência política, com pessoas da antropologia, letras, história, psicologia, direito, filosofia e da educação. Esta última tendo contado ativamente, desde a criação da metodologia até sua formulação final, com diferentes participantes do PROGRAMA AÇÕES AFIRMATIVAS da UFMG.
Ao final de cada livreto é possível identificar o autor da escrita, bem como a ampla equipe que participou na construção coletiva de cada narrativa. Todos os livretos seguiram uma orientação comum em sua formulação, tendo como referência as seguintes informações sobre cada comunidade: (a) histórico de ocupação; (b) mapa de localização; (c) caracterização do território; (d) principais conflitos em questão; (e) atividades produtivas essenciais e potenciais; (f) modos de ser e viver do grupo; (g) saberes e fazeres da comunidade; (h) principais desafios enfrentados pela comunidade; (i) uma palavra da comunidade, que se constitui em um depoimento original de um/a ou mais membros da comunidade sobre sua história e demandas atuais.
Desse modo, os livretos contribuíram para a formulação de uma linguagem pública sobre as comunidades quilombolas com a elaboração, publicação e impressão de 72 livretos.
O objetivo principal é que, através do acesso a esses livretos, as comunidades quilombolas possam finalmente ter suas histórias contadas e reconhecidas como patrimônio histórico e cultural brasileiro e, assim, tenham seus direitos de criar, fazer e viver respeitados e, sobretudo, como a efetivação da titulação de seus territórios ancestrais.
- Comunidade Quilombola Pedra do Sal 🔗
- Comunidade Quilombola Alto da Serra do Mar 🔗
- Comunidade Quilombola Brejo dos Crioulos 🔗
- Comunidade Quilombola Brotas 🔗
- Comunidade Quilombola Cabral 🔗
- Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos 🔗
- Comunidade Quilombola Camburi 🔗
- Comunidade Quilombola Caraíbas 🔗
- Comunidade Quilombola Catuabo 🔗
- Comunidade Quilombola Caveira 🔗
- Comunidade Quilombola Caçandoca 🔗
- Comunidade Quilombola Conceição das Crioulas 🔗
- Comunidade Quilombola Contendas 🔗
- Comunidade Quilombola Cruzeirinho 🔗
- Comunidade Quilombola Desterro 🔗
- Comunidade Quilombola Dezidério 🔗
- Comunidade Quilombola Família Magalhães 🔗
- Comunidade Quilombola Família Thomaz 🔗
- Comunidade Quilombola Galvão 🔗
- Comunidade Quilombola Gurutuba 🔗
- Comunidade Quilombola Ilha São Vicente 🔗
- Comunidade Quilombola Ivaporunduva 🔗
- Comunidade Quilombola Jamary dos Pretos 🔗
- Comunidade Quilombola Ladeiras 🔗
- Comunidade Quilombola Lagoa Grande 🔗
- Comunidade Quilombola Lagoas 🔗
- Comunidade Quilombola Luziense 🔗
- Comunidade Quilombola Luízes 🔗
- Comunidade Quilombola Mandira 🔗
- Comunidade Quilombola Mangueiras 🔗
- Comunidade Quilombola Marobá dos Teixeira 🔗
- Comunidade Quilombola Mata Cavalo 🔗
- Comunidade Quilombola Matões dos Moreira 🔗
- Comunidade Quilombola Mesquita 🔗
- Comunidade Quilombola Mocambo 🔗
- Comunidade Quilombola Monge Belo 🔗
- Comunidade Quilombola Mormaça 🔗
- Comunidade Quilombola Nossa Senhora das Graças 🔗
- Comunidade Quilombola Peruana 🔗
- Comunidade Quilombola Pirangi 🔗
- Comunidade Quilombola Pitoró dos Pretos 🔗
- Comunidade Quilombola Pontal da Barra 🔗
- Comunidade Quilombola Porto Velho 🔗
- Comunidade Quilombola Povoado Forte 🔗
- Comunidade Quilombola Povoado Tabacaria 🔗
- Comunidade Quilombola Povoado do Charco 🔗
- Comunidade Quilombola Preto Forro 🔗
- Comunidade Quilombola Sabonete 🔗
- Comunidade Quilombola Sacopã 🔗
- Comunidade Quilombola Santa Joana 🔗
- Comunidade Quilombola Santa Maria do Pretos 🔗
- Comunidade Quilombola Santa Maria dos Pinheiros 🔗
- Comunidade Quilombola Santa Rosa dos Pretos 🔗
- Comunidade Quilombola Serra da Guia 🔗
- Comunidade Quilombola São Domingos 🔗
- Comunidade Quilombola São Francisco Malaquias 🔗
- Comunidade Quilombola São José da Serra 🔗
- Comunidade Quilombola São Pedro – ES 🔗
- Comunidade Quilombola São Roque 🔗
- Comunidade Quilombola Tapuio 🔗
- Comunidade Quilombola Timbaúba 🔗
- Comunidade Quilombola Volta do Campo Grande 🔗
- Comunidade Quilombola do Grotão-TO 🔗
- Comunidade Quilombola do Morro Seco 🔗
- Comunidade Quilombola dos Amaros 🔗
- Comunidade Quilombola Água Morna 🔗